Época de fim de ano com festas, ceia de Natal e Ano-Novo é um período propício para desencadear alergias por causa de diversos tipos de alimentos. Segundo o imunologista e alergista Marcello Bossois, coordenador técnico do Projeto Social Brasil Sem Alergia, 35% da população mundial sofre com algum tipo de alergia. Fique atento!
A carne de porco, muito consumida durante as comemorações natalinas é uma grande causadora de alergias alimentares, de acordo com o especialista. Isso acontece, pois é uma carne que estraga com mais facilidade e pode ter uma grande concentração de toxinas. Além disso, a proteína da carne de porco é uma grande causa de alergia alimentar, assim como alguns frutos do mar, o que gera o surgimento de alergias em quem não conseguem digerir tal alimento.
O leite de vaca não provoca apenas as alergias alimentares, mas também pode dar outro tipo de reação, a intolerância alimentar. De acordo com Bossois, tanto a alergia quanto a intolerância podem ser bastante perigosos, sobretudo a alergia causada pelas proteínas presentes neste alimento, que pode levar a pessoa à morte.
A alergia pode se desenvolver em qualquer pessoa, independente da idade, sexo ou estilo de vida. No entanto, os recém-nascidos são os mais afetados pelas doenças. Cerca de 6% das crianças até o 3º ano de vida sofrem com a alergia alimentar, de acordo com o alergista. Já a intolerância à lactose, o açúcar encontrado no leite de vaca, chega a atingir 25% dos brasileiros.
O vinho branco e o vinho tinto são bebidas muito consumidas no Natal. Segundo explica o especialista, estas bebidas produzem levedura e bactérias a partir do processo de fermentação, o que propicia a fabricação de histamina pelo organismo. A histamina é um composto orgânico produzido pelo sistema imunológico, que é responsável pelos mais variados tipos de processos alérgicos.
Assim como o suco de uva, o vinho tem altas concentrações de sulfitos, um grupo de compostos conhecido por causar inúmeros sintomas de alergias como espirros, coriza, tosses e asma. Presentes ainda em azeitonas, vegetais em conserva e frutos do mar como lulas e polvos, os sulfitos também podem causar reações cutâneas ou diarreia em pessoas com o suco gástrico.
Bossois ainda explica que outra doença que tem um aumento significativo durante o mês do Natal é o herpes. As castanhas, as nozes e os avelãs, produtos que sempre estão nas mesas de Natal são alimentos ricos em argenina, que provoca um crescimento da doença durante o verão. Embora muitos não saibam, a doença não é transmitida apenas por relação sexual, mas também pode se desenvolver no organismo em momentos de baixa do sistema imunológico ou pelo alto consumo deste aminoácido.
Fonte: Portal R7