O que tem a ver, alergias e intolerância alimentar com autismo?

O que tem a ver, alergias e intolerância alimentar com autismo?

Todo pai ou mãe de autista sabe como é difícil estabelecer uma dieta alimentar diária sem cair em uma rotina bastante rígida. Não são poucos os casos de crianças e até adultos que só se alimentam diante de uma situação curiosa: comidas com textura única, a mesma tonalidade; alimentos com a temperatura ambiente, que não sejam pegajosos; enfim, existe uma série de condições para que essas pessoas façam uma refeição tranquila. Entretanto, é notável os quadros de alergias e intolerâncias que as acometem com certa frequência.

A pergunta que fica diante da situação exposta é qual a relação existente entre o autismo e as ocorrências mencionadas acima? Vocês por acaso já perceberam isso de perto ou não? Os fatores são vários ou a origem parte de uma única fonte? A verdade é que a comunidade acadêmica ainda não chegou a um consenso sobre essas devidas condições que podem levar um autista a apresentar essas reações do organismo.

De qualquer forma, vale mostrar o que se sabe até aqui, mesmo que não se tenha uma resposta concreta, baseada na literatura médica, sobre a relação entre as alergias, intolerância alimentar e o autismo.

O que estudos já indicaram?

– Segundo um relatório elaborado e divulgado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, em agosto deste ano, o TEA (Transtorno do Espectro Autista) é uma patogênese não conhecida em seu caráter completo. Considera-se que haja uma determinada combinação entre vários genes, além de fatores epigenéticos e ambientais que interferem em sua expressão.

– O documento revela ainda que possa existir uma suposta relevância do eixo microbiota-intestino-cérebro na fisiopatogenia das pessoas incluídas nas síndromes abrangidas pelo TEA.

– Outra informação presente no estudo indica que existe uma associação de até 91% de sintomas gastrintestinais, a saber: diarreia, constipação, dor abdominal e distensão gasosa.

– No bojo dos estudos, o relatório salienta que pode haver várias hipóteses para os casos de sintomas gastrintestinais relacionados ao autismo, como inflamação intestinal, aumento da permeabilidade intestinal, alergia alimentar e alterações na composição da microbiata intestinal.

– O estudo, porém, não se arriscou a estabelecer uma conclusão definitiva acerca de tal relação, deixando em aberto novas impressões sobre a relação existente.

E o dia a dia? Qual é a dinâmica?

É verdade que muitos pais e responsáveis afirmam que seus filhos autistas demonstram resistência a certos alimentos. Além disso, há casos de intolerância alimentar com itens diversos.

Para lidar com essa limitação imposta pelo autismo, a solução encontrada pelos adultos é procurar auxílio médico para prover uma alimentação rica em vitaminas e até mesmo aumentar o cardápio da criança ou do adulto autista.

É verdade que a melhora vem a partir de um auxílio precoce, sobretudo quando os casos são analisados desde a infância. Os fatores ligados à intolerância alimentar, alergia ou aversão podem ser relacionados à hipersensibilidade (muito comum em autistas) a determinadas texturas e gostos. Cada caso precisa ser analisado de perto por especialistas para um diagnóstico mais assertivo acerca do paciente.

Fonte: http://entendendoautismo.com.br