Casos de alergia são cada vez mais comuns entre a população

Casos de alergia são cada vez mais comuns entre a população

Em vinte anos, índice de casos de alergia, que é de 30%, aumentará para 50%.

Cerca de 30% da população tem alergias, condição em que o sistema imunológico reage de forma incomum a uma substância estranha. De acordo com a alergologista e imunologista clínica Dra. Fernanda Patini Furlan, cooperada da Unimed Catanduva, a expectativa é de que esse percentual chegue a 50% em 20 anos. “Esse aumento de prevalência das alergias está relacionado a mudanças de ambiente, estilo de vida e alimentação adotados pelo indivíduo, além da questão genética que também influencia”, esclareceu a médica.

A Dra. Fernanda ressaltou a importância da atenção que os pais devem dispender com a saúde de seus filhos. Por exemplo, o contato da criança com a poeira doméstica resulta em sintomas precoces de alergia. “Poeira de casa, ácaros, baratas (causa de alergia muito comum no Brasil), pelo de animais – principalmente gatos e cachorros, e fungos. Todos esses potenciais alérgenos deixam as crianças mais sensibilizadas e predispostas a manifestar uma reação alérgica”, disse. O tipo de alergia mais comum na população é a rinite alérgica, uma reação imunológica do corpo a partículas inaladas que são consideradas estranhas. A rinite começa a manifestar seus sintomas logo no começo da vida. “A partir dos 2 anos de idade já pode ser detectada a alergia. Uma criança, filha de pais alérgicos, já tem predisposição para a doença e 80% de chance de ser alérgica. Se detectado precocemente, tem como ser feita a prevenção”, afirmou a médica.
Porém, engana-se quem acha que o indivíduo já nasce com algum tipo de alergia. “A alergia pode se desenvolver depois de muito tempo de convivência ou uso de medicamentos, isso porque o indivíduo pode desencadear uma sensibilidade neste contato e, depois de certo tempo, apresentar a reação”, explicou a Dra. Fernanda.
A médica explica que alimentos potencialmente alérgicos devem ser introduzidos a partir dos seis meses de vida. “Nesta fase, a criança deve começar a ter contato com alguns alimentos, a exemplo de ovos, peixes e castanhas. Prorrogar essa introdução de alimentos automaticamente predispõe a criança à reação alérgica. O aleitamento materno também é uma forma de prevenção importante”, disse.

Fonte: site oregional.com.br por reportagem local