Dependendo da gravidade da alergia ou da intolerância, o controle e a vigilância devem ser constantes.
Criança com qualquer tipo de restrição alimentar é um desafio para os pais. Dependendo do gravidade da alergia ou da intolerância, o controle e a vigilância devem ser constantes. A organização ajuda nestes casos. A personal organizer Ana Flavia Furlan, da empresa Organizar é Preciso, criou um método que usa a comunicação visual e a setorização para garantir cozinhas mais seguras para seus clientes alérgicos.
— A criança olha a geladeira e a despensa e sabe exatamente o que pode e o que não pode consumir dali — explica a personal.
De acordo com ela, a primeira providência é escolher uma cor de preferência da criança e comprar cestos organizadores naquela tonalidade. Para economizar, vale encapar caixas de sapato ou embalagens de sorvete.
— Esses cestos vão abrigar, na despensa, todos os mantimentos não perecíveis liberados para o alérgico: biscoitos, chocolates, enlatados, salgadinhos, leites etc.
Mas antes de armazenar, é preciso ter um cuidado extra: os pais devem rotular cada embalagem de alimento especial com a cor escolhida pelo alérgico. Para isso, podem ser usadas fitas autoadesivas coloridas, quadradinhos de papel contact ou adesivos de bolinha. O importante é que as embalagens sejam marcadas.
— Um alimento proibido pode ser posto na caixa do alérgico acidentalmente. Ou, ainda, a criança pode encontrar um pacote de biscoito na mesa da sala, por exemplo. Se esse pacote estiver identificado com sua cor, ele saberá que pode comer com tranquilidade — diz.
Na geladeira, Ana diz que o critério deve ser o mesmo. Uma bandeja deve reunir todos os itens perecíveis ou que serão consumidos refrigerados, como manteiga, requeijão, iogurte, leite e frios.
Outra dica de organização para crianças é inspirada no ditado “ o que os olhos não veem… A personal Valéria Canellas afirma que, para que não se suspenda o consumo dos alimentos proibidos a todos na casa, o jeito é driblar a tentação do alérgico criando uma organização que direcione o olhar para o local certo: na altura do olhos da criança em uma prateleira dedicada aos alimentos permitidos, tanto na despensa quanto na geladeira.
Mais uma opção: escolher um armário apenas para os alimentos da criança com restrição. Uma gaveta na sala, por exemplo, a qual ele tenha livre acesso, lembra Ana Flavia.
— A escolha do método de organização vai depender da rotina da família, das características da criança e da gravidade da alergia ou da doença. Mas, com crianças, eu prefiro usar o método das cores sempre que possível porque ele integra mais o alérgico à rotina da família — afirma Ana Flavia.